Na manhã desta sexta-feira (1), o Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Consun/UFRGS) aprovou a destituição dos mandatos do reitor, Carlos André Bulhões Mendes, e da vice-reitora, Patrícia Pranke. Foram 60 votos a favor, dois contra e três abstenções.
O órgão considerou válido o parecer apresentado pela comissão especial paritária, instituída em abril, que avaliou a existência de indícios suficientes para o impeachment. Caso o Ministério da Educação (MEC) acate a decisão, novas eleições devem ser convocadas.
O parecer aponta casos de censura na comunicação institucional da UFRGS, desrespeito a decisões dos conselhos, falta de cumprimento das funções da administração central, conflitos e judicialização de membros da comunidade universitária, desmonte de programas, falta de transparência e irregularidades na gestão de recursos, falta de gestão durante a pandemia e, ainda, ausência do reitor nos conselhos superiores. Tanto Bulhões quanto Pranke não estiveram presentes na sessão do Consun e foram representados pela decana Laura Banach.
O documento também cita os desligamentos de estudantes cotistas e as chamadas “matrículas provisórias”, quando permanecem com a documentação em análise. Em maio, 160 estudantes da instituição tiveram suas matrículas encerradas e relataram prazos curtos, dificuldade na entrega de documentações exigidas, falta de instruções e impossibilidade de recorrer das decisões da Universidade. Em 2021, foram desligados outros 195 estudantes.
Além da destituição de Bulhões do cargo, o parecer aprovado anteriormente também pediu o encaminhamento de uma representação ao Ministério Público Federal para apurar indícios de violação dos princípios da legalidade e publicidade e o pedido de instauração de um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra o reitor em razão do descumprimento de resolução.
A íntegra das informações está disponível no site Sul 21.
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