Dos 497 municípios gaúchos, 254 estão com Decretos de Situação de Emergência vigentes devido à seca e a falta de chuvas. O número representa mais da metade da totalidade das cidades do Rio Grande do Sul. Destes, 156 decretos foram homologadas pelo governo estadual e 128 pela União.
A partir deste cenário, uma comitiva de representantes do governo gaúcho está em Brasília, articulando ações com o governo federal para enfrentar a estiagem. Na manhã da terça-feira (7) aconteceu uma reunião com o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Barreiros.
Foi solicitado que o RS seja incluído em políticas públicas que facilitem a distribuição de água potável às populações atingidas por estiagem e seca, hoje restritas ao semiárido nordestino e ao norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. O secretário informou que a questão já esta sendo objeto de atenção.
Após, no início da tarde, a comitiva esteve em audiência com o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto. O secretário gaúcho de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, destacou a importância da parceria entre os órgãos estaduais e federais para a definição de políticas públicas emergenciais de combate à estiagem e de apoio ao agronegócio.
Pretto ressaltou que é de interesse do governo federal a aproximação e o compartilhamento de responsabilidades com o estado na busca de soluções. “Nos próximos dias, estaremos nos reunindo novamente com os ministérios, especialmente o da Fazenda, para a definição das questões orçamentárias relacionadas à estiagem”, disse.
Ainda no mesmo dia, o grupo foi recebido pela secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lilian Rahal. O secretário da pasta de Assistência Social do governo gaúcho, Beto Fantinel, apresentou a situação da Terra Indígena Guarita e quais ações o governo gaúcho está tomando para atender os indígenas que lá vivem. Foram discutidas diversas possibilidades de políticas públicas para implementar na comunidade, com parcerias envolvendo órgãos estaduais e federais. Na Terra Indígena Guarita vivem indígenas da etnia Kaingang. A população local enfrenta carência de atendimento de saúde, saneamento básico, habitação, segurança alimentar e abastecimento de água
Tratou-se, também, a respeito da busca de um diagnóstico atualizado a respeito dos povos tradicionais no Rio Grande do Sul, para que possam ser planejadas ações mais adequadas à realidade socioeconômica e cultural das famílias assistidas.
As informações são do site Brasil de Fato.
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