Na terça-feira (7), o CPERS realizou a primeira de uma série de mobilizações presenciais em defesa do reajuste salarial de 14,95% para todos os professores, aposentados e trabalhadores de escolas. Com saída às 10h da sede do sindicato, na Av. Alberto Bins, uma marcha de associados seguiu para a Assembleia Legislativa.
Após o ato, representantes visitaram gabinetes de deputados e deputadas estaduais para entregar um ofício com informações sobre a necessidade do reajuste e de mudanças no projeto enviado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) para a Assembleia. No documento, a categoria pede que os parlamentares votem pelo reajuste a todos os trabalhadores e trabalhadoras, além do fim da parcela de irredutibilidade, mecanismo que tira parte dos benefícios do plano de carreira para o reajuste.
Em votação realizada na Assembleia Geral do CPERS, na sexta-feira (3), a maioria dos associados decidiu rejeitar a proposta do governador, que exclui aposentados sem paridade e funcionários. Na ocasião, a categoria também decidiu iniciar as mobilizações nas ruas. Em 15 de fevereiro, Leite apresentou uma proposta de reajuste de 9,45% no piso do magistério, somente para os professores e aposentados com paridade que ganhariam, no mínimo, o novo piso nacional, de R$ 4.420,55 para 40 horas de trabalho semanais. “Entregamos para o governo, na Casa Civil, o resultado da última assembleia, da rejeição dos 9,45% e reafirmação de 14,95% para todos professores e funcionários da ativa ou aposentados e também solicitamos uma nova audiência. Entregamos juntamente com esta informação da assembleia a nossa pauta de reivindicações onde tratam de questões pedagógicas, estrutura das escolas, RH, salário e também a questão do IPE Saúde”, destacou a presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer.
O sindicato insiste no aumento para os aposentados que perderam a paridade entre 2003 e 2005. A paridade garante ao servidor o direito da sua aposentadoria ser revista na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração de quem está em atividade. Para os aposentados, o sindicato também defende o fim do desconto previdenciário e a garantia da paridade e integralidade salarial entre ativos e inativos.
Para a deputada estadual Laura Sito (PT), que recebeu a visita do sindicato, o CPERS acertou ao rejeitar o reajuste menor e pressionar o governo pelos 14,95%. “No ano passado houve um reajuste mentiroso do governo Leite, que, na prática, não mudou o salário e piorou o plano de carreira, sem falar na desmobilização da categoria. Os últimos quatro anos do governador à frente do Executivo são marcados pelo sucateamento da nossa educação”, afirmou.
Também nesta terça, a Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da ALRS aprovou a realização de uma audiência pública sobre o reajuste salarial do magistério. “Defendemos a aplicação do reajuste de 14,94% no Piso do Magistério estadual, sem adotar o mecanismo da parcela de irredutibilidade, garantindo a integralidade do piso”, defendeu Sofia Cavedon (PT), deputada estadual e presidente da Comissão, que propôs a pauta.
As informações são do site Sul21.
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