Em reportagem publicada no último sábado (4), o Sul21 apontou que os cortes de ao menos 30% anunciados pelo governo federal em universidades e institutos federais devem representar no mínimo R$ 215 milhões da verba destinada para investimentos de custeio e capital — tudo aquilo que não é a folha de servidores — de instituições gaúchas. Um dos primeiros reitores a se levantar contra a medida foi Pedro Rodrigues Curi Hallal, da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), por meio de uma postagem nas redes sociais. De um orçamento projetado de R$ 83,6 milhões, a instituição teve bloqueados R$ 29,2 milhões. Em conversa com a reportagem na tarde desta segunda-feira (6), o reitor fala sobre os possíveis impactos que o corte de recursos terá não só para a universidade, mas também para a região de Pelotas, e defende que é preciso haver uma mobilização para reverter a medida, caso contrário a UFPEL não terá como pagar suas contas até o final do ano.
Hallal iniciou a conversa destacando que os Planos A, B e C da universidade são a reversão do cortes anunciados, pois, caso se mantenham, ela corre risco real de fechar as portas antes do final do ano. Ele afirma que, como o planejamento orçamentário da UFPEL para 2019 já contava com os repasses previstos pelo governo federal antes do bloqueio, não há como reduzir despesas esse ano. Ele destaca, por exemplo, que os contratos de bolsas firmados com estudantes, seja de extensão, pesquisa ou monitoria, têm a validade mínima de abril a dezembro deste ano e, caso fossem rompidos, poderiam ensejar ações judiciais contra a universidades. Além disso, os contratos de serviços terceirizados em andamento também não poderiam ser rompidos nem sequer sofrer cortes equivalentes ou valor contingenciado.
A íntegra das informações está disponível no site Sul21.
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