Mais de 40 representantes de entidades das redes pública e privada de educação, centrais e sindicatos, comunidade acadêmica, grêmios estudantis, secundaristas e sociedade civil reuniram-se na sede estadual do CPERS, na noite desta sexta-feira (10), para construir a mobilização no Rio Grande do Sul da Greve Nacional da Educação, no dia 15 de maio. Os presentes definiram uma agenda unitária em Porto Alegre, com concentração em frente ao Instituto de Educação, na Avenida Osvaldo Aranha, a partir das 14h.
Após um abraço no IE e na Faculdade de Educação da UFRGS – símbolos do desmanche conduzido pelos governos estadual e federal –, os manifestantes partem em caminhada dirigindo-se à UFSCPA, ao Campus Porto Alegre do IFRS e ao INSS. De lá, seguem para a Esquina Democrática, onde se encontram com estudantes da UFRGS, que definiram mobilização para as 18h. “Como professores estaduais, estamos entre os mais atingidos pela Reforma da Previdência e não temos como deixar de falar dos ataques à universidade pública. Nós trabalhamos para que os alunos acessem o ensino superior e o povo precisa entender que estão atacando o futuro dos seus filhos”, explica a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Por deliberação do Conselho Geral do CPERS, os núcleos do Sindicato que contam com universidades e institutos federais devem participar de atos locais. Já educadores de outras regiões devem contatar o CPERS para participar da mobilização na capital.
Convocada pela CNTE para demonstrar a insatisfação dos educadores com a Reforma da Previdência, a Greve Nacional da Educação ganhou novos contornos nas últimas semanas. O bloqueio de 30% das verbas de universidades e institutos federais – que inviabiliza o funcionamento das instituições -, e o corte generalizado de bolsas de pesquisa, inflamaram a mobilização.
Trata-se de aproveitar a pauta para chamar a atenção da sociedade para o desmonte em curso em todos os níveis da educação, e acumular forças para construir a greve geral do dia 14 de junho em defesa da aposentadoria. O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, destacou a importância da unidade com os movimentos sociais, salientando que a mobilização será uma grande preparação para a greve geral de 14 de junho. “Está crescendo muito a adesão de educadores e estudantes em todo o país, mostrando que os ataques inaceitáveis do governo Bolsonaro à educação brasileira serão respondidos nas ruas com grandes manifestações”, ressaltou.
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