O dia nacional de greve na educação, neste 15 de maio, começa com paralisações em escolas e promessas de manifestações em dezenas de cidades pelo país todo. O movimento tem apoio de trabalhadores no setor de ensino, além de professores, pesquisadores, alunos e pais de alunos. A tag #TsunamiDaEducação já se posiciona no topo do Twitter.
Em São Paulo, é esperado um forte ato de protesto previsto para começar às 14h diante do Masp, na Avenida Paulista. Em Brasília, a partir das 10h, o ato unificado acontece no Museu Nacional. Belo Horizonte tem manifestação às 9h30 na Praça da Estação e às 15h na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Curitiba teve ato iniciado às 8h30 na Praça Santos Andrade com caminhada até o Centro Cívico.O Rio de Janeiro terá manifestação às 15 na Cinelândia.
A expectativa de que a primeira grande greve nacional sob o governo de Jair Bolsonaro se confirme em uma das maiores mobilizações do setor na história do país levou o Palácio do Planalto a baterem cabeça ontem. Na Câmara, com votos contrários apenas de deputados do PSL e do Novo, os parlamentares aprovaram requerimento de Orlando Silva (PCdoB-SP) convocando o ministro da Educação Abraham Weintraub para dar explicações sobre a política de cortes e sua conduta movida a rancor ideológico contra as universidades federais.
Enquanto isso, o líder do governo na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), revelou que, durante reunião com Bolsonaro, acompanhado de vários colegas deputados, o presidente teria telefonado para o ministro da Educação para pedir a suspensão dos cortes. A notícia acabou sendo negada por ordem da Casa Civil. Teria sido mais um recuo de um recuo na curta história desde governo.
Mas o deputado Capitão Wagner (Pros-CE), aliado de Bolsonaro e que esteva presente à reunião de onde partiu o telefonema, foi à tribuna e desmentiu o desmentido: “Quem criou o boato? Foi o governo, que voltou atrás e depois voltou atrás de novo. Recuou duas vezes. Ou ministro está mentindo, ou o presidente não ligou para ele. Será que o presidente forjou a ligação na nossa frente?”
Em São Paulo, o conselho de reitores das universidades estaduais (USP, Unicamp, Unesp) divulgou nota em apoio ao movimento. “No Brasil, como em todos os países desenvolvidos, a pesquisa nas universidades é financiada majoritariamente pelo governo (…) Interromper o fluxo de recursos para estas instituições constitui um equívoco estratégico que impedirá o País de enfrentar e resolver os grandes desafios sociais e econômicos do Brasil”, diz o documento.
A íntegra das informações está disponível no site Rede Brasil Atual.
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