Em uma iniciativa inédita e celebrada por comunicadores e gestores de rádios comunitárias de todo o país, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) anunciou durante o congresso da Associação Gaúcha de Rádios Comunitárias (Abraço RS), ocorrido na última sexta-feira (12), em Santa Cruz do Sul, que irá destinar R$ 2 milhões para apoiar as emissoras. A medida, anunciada pelo secretário-executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Ricardo Zamora, vai beneficair 811 rádios comunitárias que se cadastraram para veicular patrocínio sob a forma de apoio cultural. O objetivo, segundo Zamora, é fazer com que as ações do governo federal cheguem nas comunidades mais longínquas, lugares onde só os microfones das emissoras comunitárias alcançam.

O secretário também anunciou que o valor – que deverá reverter em aproximadamente R$ 2.500,00 para cada rádio inscrita – será liberado nos próximos dias. Além disso, ele garantiu que novos editais deverão ser lançados em breve, com o mesmo caráter.

Reação 

A notícia foi recebida com entusiasmo pela Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço Brasil), que representa milhares de emissoras em todo o país. De acordo com Geremias dos Santos, presidente da entidade, o apoio financeiro da Secom é um reconhecimento da importância das rádios comunitárias e um passo crucial para o fortalecimento do setor. “Este investimento é uma conquista histórica para as rádios comunitárias. Com esses recursos, poderemos melhorar a qualidade de nossos serviços e alcançar um número ainda maior de ouvintes, cumprindo nosso papel de informar e educar a população. Iremos lutar , de imediato, para a inclusão de mais emissoras e também para que este valor passe a ser mensal”, afirmou.

Na mesma linha, João Carlos Heissler, coordenador financeiro da Abraço RS, também celebrou, mas fez um alerta. “Nós reconhecemos o esforço do governo. É um primeiro sinal de que nossa luta sempre valeu a pena. Contudo, nós julgamos que é necessário avançar. As rádios do Rio Grande do Sul, por exemplo, foram profundamente afetadas pelas enchentes e precisam, mais do que nunca, deste suporte” destacou.

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