Após quase quatro meses fechada em decorrência da enchente, a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) vai reabrir suas portas no dia 14 de agosto, quarta-feira. Uma cerimônia na Travessa dos Cataventos, às 18h30min, vai marcar a retomada das atividades da CCMQ. A partir do dia seguinte (15/8), a Casa volta a estar aberta para visitação nos seus horários regulares, de terça-feira a domingo, das 10h às 20h.
A cerimônia será um momento de celebração do reencontro da comunidade com o centro cultural mais querido do Estado. Aberta ao público, contará com a participação de autoridades, de representantes de patrocinadores e de apoiadores da CCMQ. A animação da noite ficará por conta da cantora Jessie Jazz e banda.
Para a diretora da Casa de Cultura, Germana Konrath, o evento evidencia o esforço coletivo empreendido na retomada. “A reabertura, nesse contexto, é como um grande abraço de acolhimento à comunidade artística e à população, que precisa de espaços e novos horizontes a fim de elaborar e imaginar futuros outros, a partir da cultura”, aponta ela. “A ideia não é esperar que a CCMQ esteja totalmente pronta para fazermos uma inauguração impecável. Ao contrário, a intenção é construirmos esse caminho juntos”, completa.
A cerimônia também será marcada pela inauguração de uma mostra especial do fotógrafo sul-africano Gideon Mendel. O artista é conhecido por suas fotografias de desastres climáticos e é autor de uma das fotos do artigo “Imagens sobre mudanças climáticas que não podem ser esquecidas”, da revista americana The New Yorker. Em maio deste ano, ele esteve em Porto Alegre e na região metropolitana para registrar a enchente histórica. As imagens fazem parte do projeto “Drowning World” (em tradução livre, Mundo se Afogando), que o artista desenvolve desde 2007. Agora, na exposição Reflexos da Emergência, realizada em parceria com o Centro Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o público poderá ver as vidas dos gaúchos afetados pelas enchentes através das lentes de Mendel, em fotografias de grande formato penduradas na fachada da CCMQ.
O projeto inclui ainda uma exposição na galeria do Centro Cultural da UFRGS e a realização de uma chamada aberta para fotógrafos e artistas locais que tenham feito registros da inundação, para participarem de um momento de trocas e diálogo visual com o artista. “Esse diálogo”, lembra Germana, “estará ainda mais presente na programação da Casa, que contará ainda com um grande seminário sobre cultura no antropoceno”.
A íntegra das informações está disponível no site da Secretaria de Cultura do RS.
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