Não é preciso ter uma bola de cristal para enxergar os efeitos perversos do golpe de 2016, da operação Lava Jato e do governo Bolsonaro na economia brasileira, especialmente o aprofundamento do desemprego e da desindustrialização. Os sinais visíveis se encontram em todos os estados.
No Rio Grande do Sul, recentemente quatro empresas anunciaram o encerramento de suas operações. A Duratex, fabricante de louças e metais sanitários das linhas Deca, Hydra, Ceusa, Durafloor, redistribuiu a produção da fábrica de São Leopoldo para outras unidades do país, deixando mais de 480 desempregados. O principal motivo, segundo a direção da empresa, foi a queda vertiginosa do setor da construção civil.
A unidade de Palmeira das Missões da multinacional Nestlé, empresa em operação há 10 anos e agraciada com vários incentivos fiscais, também fechou as portas e demitiu 18 trabalhadores. Em nota, a empresa alega que houve uma forte diminuição no consumo de lácteo. As atividades de Palmeira das Missões serão absorvidas pela planta de Carazinho, 18 trabalhadores foram abandonados a própria sorte.
Com mais de quatro décadas de tradição, a Metalúrgica Bringhenti, no município de Guaíba, não conseguiu contornar a crise e abriu falência. Um total de 17 trabalhadores foram dispensados.
No começo de junho, uma empresa líder do ramo calçadista, a Paquetá Calçados, migrou a produção de dois milhões de pares de calçados por ano da cidade de Sapiranga, onde atuava desde 1945, para a região Nordeste e República Dominicana. A empresa de calçado Ramarin, de Nova Hartz, cidade vizinha a Sapiranga, prometeu assumir parte das operações, mas não evitou a demissão de muitos trabalhadores.
As informações são do site da CUT.
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