Acaba de ser publicado pela Companhia das Letras o livro-reportagem, escrito por Felipe Recondo e Luiz Weber. “Os onze” descreve os bastidores da Corte Suprema do país, o STF, desde o processo em que se iniciou a criminalização do PT, Ação Penal 470, sobre o chamado mensalão, em 2005, até o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro. O livro revela, entre outras coisas, a ameaça de golpe militar às vésperas do segundo turno da eleição presidencial do ano passado.
A obra narra que na noite de 23 de outubro, a apenas cinco dias do segundo turno, houve um entrevero na sede do STF entre o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, e o ministro do Supremo, Luís Roberto Barroso. Da discussão participaram também Rosa Weber e Edson Fachin, também ministros do STF, em torno da punição ou não de um coronel que insultara Rosa Weber.
De acordo com o jornalista Guilherme Amado, da revista Época, ao chegar ao tribunal, o ministro Dias Toffoli relatou a Weber e Fachin “uma situação preocupante”. “Sem usar a palavra golpe – conta Guilherme Amado -, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) lembrou que o então comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, tinha 300 mil homens armados que apoiavam Jair Bolsonaro, um candidato que duvidava da lisura do processo eleitoral e incitava seus seguidores, os militares aí incluídos, a questionar as urnas eletrônicas. O TSE deveria ser, mais do que nunca, claro em seus posicionamentos”.
A informação indica o grau da interferência militar na atual vida política nacional.
As informações são do site Brasil247.
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