Um delegado da Polícia Federal, responsável pelo caso de Adélio Bispo de Oliveira, acusado de atentado em 2018 contra o então candidato à presidência, Jair Bolsonaro, contou que o presidente só ficaria satisfeito “se a investigação apontasse para o Jean Wyllys”. Informação é da coluna desta segunda-feira (19) de Lauro Jardim, do O Globo. Em diversas ocasiões, Bolsonaro buscou ligar Adélio Bispo ao PSOL, partido do seu principal desafeto político.
A coluna ainda revela que essa era uma “piada interna” dentro da PF sobre a investigação do caso Adélio, que não pode ser punido criminalmente por ter uma doença mental, o Transtorno Delirante Persistente. Ele cumpre pena em um “manicômio judiciário” e não em um presídio. De acordo com Lauro Jardim, Bolsonaro nunca se conformou com a Polícia Federal por alegar que não houve mandante para a tentativa de assassinato que sofreu.
De fato, essa ainda é uma questão para o presidente. Em discurso no começo deste mês durante evento de inauguração dos 47 km de duplicação da BR-116, em Pelotas (RS), Bolsonaro voltou a acusar o PSOL pelo episódio da facada de Juiz de Fora, relacionando mais uma vez o partido com Adélio Bispo. “Meus amigos do Rio Grande do Sul, é uma satisfação e orgulho muito grande voltar a este estado. Pena que eu não pude vir na reta final das eleições porque um cara filiado ao PSOL tentou tirar a minha vida”, declarou, em referência a Adélio Bispo, autor da facada desferida contra o então candidato à presidência em agosto do ano passado. O vídeo com a declaração foi compartilhado pelo filho “02” do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).
Adélio foi filiado ao PSOL entre 2007 e 2014, quando pediu desfiliação. A saída dele do partido se deu quatro anos antes do episódio da facada que fez o presidente ficar quatro meses internado.
As informações são do site da Revista Fórum.
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