A desigualdade e a péssima distribuição de renda no país vieram à tona mais uma vez com relatório divulgado nesta quinta-feira (10) pela Oxfam Brasil sobre a cadeia produtiva de frutas no Nordeste. Os trabalhadores safristas que atuam nas cadeias de melão, uva e manga no Rio Grande do Norte e no perímetro irrigado do Vale do São Francisco – municípios de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA) – estão entre os 20% mais pobres da população brasileira.
Esses trabalhadores vivem ainda em constante ameaça de contaminação por agrotóxicos, trabalham sem as condições básicas necessárias e estão presos a um ciclo de pobreza, muitas vezes mal tendo o que comer. O Brasil é hoje o terceiro maior produtor de frutas do mundo e a região Nordeste se destaca como grande polo desse cultivo. As frutas chegam à mesa de milhões de pessoas no Brasil e no exterior, produzem uma receita de cerca de R$ 40 bilhões por ano, mas isso não garante salários e condições dignas a grande parte dos trabalhadores envolvidos com o plantio e colheita.
O relatório Frutas Doces, Vidas Amargas é base da campanha para que as grandes redes de supermercado do Brasil – Carrefour, Pão de Açúcar e Big (ex-WalMart) – assumam sua responsabilidade pela situação desses trabalhadores que abrem a cadeia de produção das frutas vendidas em suas lojas. Na página da Oxfam é possível assinar uma petição pedindo para que esses supermercados operem mudanças por mais dignidade à vida das pessoas que atuam no plantio, colheita e processamento das frutas.
As informações são do site Rede Brasil Atual.
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