A direção do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) realizou na manhã desta sexta-feira (31) um protesto para marcar o “Dia do Basta”, contra as políticas do governo estadual de arrocho salarial e cortes de gastos para a educação desde a gestão José Ivo Sartori (MDB) e mantidas no governo de Eduardo Leite (PSDB). Édson Rodrigues Garcia, segundo vice-presidente do sindicato, explica que a direção do Cpers decidiu, a partir deste 31 de julho, realizar sempre um protesto no último dia útil do mês, quando os servidores estaduais deveriam recebeu seus salários, para dizer “basta” às medidas do governo do Estado contra a categoria.
“Basta o quê? Basta o governo não nos ouvir, basta o governo não nos dar infraestrutura para que a gente possa ter real noção de como ele prevê uma possível volta às aulas, basta o governo não apresentar os protocolos sanitários e pedagógicos, basta o governo estar há cinco anos sem concessão de um real reposição salarial, basta o governo não olhar para as comunidades escolares, onde as famílias e os alunos também estão com dificuldades para poder acompanhar essas aulas remotas, porque não têm computador, porque não têm luz, não têm telefone e muitos não têm emprego”, diz. “Não tem como um governo estar há mais de cinco anos nos tratando tão mal e sendo tão irresponsável com a educação pública”.
Ele explica que a posição do Cpers a respeito da volta às aulas é de cobrar o governo para implementar protocolos que sigam as recomendações da Organização Mundial da Saúde para proteger estudantes e professores. Édson afirma que a ideia do Cpers é que os protestos sejam realizados em condições seguras e sem aglomeração, por isso foi realizado por representantes da direção do sindicato e de núcleos, sem uma convocatória ampla da categoria. Ele diz que, além da Capital, também estão sendo realizados atos organizados pelos núcleos do sindicato no interior desde ontem.
As informações são do site Sul21.
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