A Ford anunciou na tarde de ontem (19) que encerrará as atividades em São Bernardo do Campo (SP) até novembro deste ano. A informação foi confirmada pelo presidente da montadora no Brasil, Lyle Watters, e pelo vice-presidente Rogélio Golfarb, em reunião com a direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Os trabalhadores fizeram uma assembleia e declararam greve horas após a divulgação da informação pela Ford. Os metalúrgicos devem se reunir novamente na próxima terça-feira (26) para definir os próximos passos. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), mais de três mil empregos serão afetados. “Nós lutamos, fizemos de tudo para que isso não ocorresse. E não dá para ter uma notícia dessa e achar que dá para continuar trabalhando. Precisamos ir todos para a casa e retornar na semana que vem. Até lá é greve”, informou José Quixabeira de Anchieta, coordenador-geral do Comitê Sindical na Ford.
Segundo comunicado da Ford à imprensa, o movimento faz parte de uma reformulação global da montadora, “como um importante marco para o retorno à lucratividade sustentável de suas operações na América do Sul”. Com a decisão, a Ford deixará de produzir e comercializar no Brasil as linhas Cargo, F-4000, F-350 e Fiesta, assim que terminarem os estoques.
O texto divulgado pela fabricante diz ainda que a medida foi tomada após vários meses de busca por alternativas, que incluíam parcerias e até a venda da operação. O volume excessivo de investimentos para atender às necessidades do mercado e os crescentes custos com itens regulatórios teriam tornado inviável um “negócio lucrativo e sustentável”.
Em 2018, a Ford registrou lucro líquido de US$ 3,7 bilhões, uma queda de 52% em relação ao ano anterior.
As informações são do site Brasil de Fato.
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