A ONG Somos – Comunicação, Saúde e Sexualidade registrou na noite dessa terça-feira (18) um boletim de ocorrência por crime de homofobia contra o jornalista Políbio Braga. Segundo a ONG, o jornalista, ao noticiar ação do governador Eduardo Leite (PSDB), que iluminou o Palácio Piratini com as cores da bandeira do orgulho LGBTI+ no Dia Internacional de Combate a LGBTfobia, proferiu comentários discriminatórios associando a homossexualidade à zoofilia e questionou a posição da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, desde 1990, não considera as orientações sexuais não-heterossexuais como doenças.
O texto foi publicado no blog do jornalista. Em um trecho, ele escreveu que “o governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo (sic) como opção da vontade sexual das pessoas e não como uma patologia, pelo menos do ponto de vista da polêmica OMS”.
Caio Klein, advogado e diretor executivo da Somos, definiu o comportamento do jornalista como inadmissível. “A homofobia é reconhecida como um crime pelo STF e é muito simbólico que este ataque aconteça justo em uma data tão importante, que pede justo o fim da discriminação contra pessoas LGBTI+. Iremos tomar todas as medidas cabíveis e esperamos que o caso seja acolhido pela Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância de Porto Alegre e que ela denuncie o profissional ao Ministério Público”, assinalou o advogado.
Para o jornalista e diretor operacional da ONG, Gabriel Galli, a situação se torna ainda mais grave quando cometida por um profissional da comunicação. “Além da ilegalidade como um todo, Braga também desrespeita o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que é muito objetivo ao definir que o jornalismo não pode servir para atacar os direitos humanos e colocar em ainda mais vulnerabilidade populações já discriminadas. O que um comunicador fala tem potencial multiplicador”, disse Galli.
As informações são do site Sul21.
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