A plenária estadual da Frente em Defesa das Estatais, realizada no início da noite desta segunda-feira (31), aprovou a criação de um comitê para organizar a realização de um plebiscito popular para consultar a população sobre as privatizações defendidas pelo governo Eduardo Leite (PSDB). Mais de 180 trabalhadores de empresas públicas federais, estaduais e municipais, na mira de serem vendidas pelos governos Bolsonaro, Eduardo Leite e Sebastião Melo, participaram do encontro virtual, convocado pelas centrais sindicais do Rio Grande do Sul.
O encontro definiu ainda a ampliação da mobilização para o ato unitário que será promovido nesta terça-feira (1º), às 13h, em frente à Assembleia Legislativa, momentos antes da votação do recurso das bancadas de oposição que pede a anulação da aprovação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 280/2019, que acaba com o plebiscito para a venda da Corsan, Banrisul e Procergs. Também está na pauta a votação em segundo turno dessa proposta.
Além disso, foi aprovado um dia de luta contra as privatizações e em defesa das empresas e dos serviços públicos e dos servidores, cuja data será definida pelas centrais sindicais para ampliar a mobilização da sociedade, com a participação dos movimentos sociais.
Outro encaminhamento diz respeito ao apoio à proposta de elaboração de um manifesto unificado contra as privatizações e a distribuição do panfleto das centrais para a população, lançado na última quarta-feira (26), mostrando que “privatização faz mal”, com “serviços precários e tarifas mais caras”. “Temos que unificar cada vez mais a luta em defesa das estatais e combater as privatizações dos governos Bolsonaro (ex-PSL) e Eduardo Leite (PSDB) e dos prefeitos entreguistas como Sebastião Melo (MDB)”, afirmou o vice-presidente da CUT-RS, Everton Gimenis, que coordenou a plenária junto com os representantes da CTB e da CSP-Conlutas.
A plenária contou com uma análise da conjuntura econômica pelo economista Ricardo Franzói, supervisor técnico do Dieese no Rio Grande do Sul. Ele destacou que “os balanços dos Correios, Eletrobras e Caixa somaram lucros de R$ 21 bilhões no ano passado”.
Franzoi salientou que “o sistema elétrico foi parcialmente privatizado, com a promessa de ser mais produtivo e oferecer melhores serviços”, o que não aconteceu. “Abrir mão dessas empresas públicas seria aprofundar as desigualdades”, enfatizou.
Dirigentes de sindicatos e federações, que representam funcionários de estatais, fizeram relatos sobre a situação das empresas na mira da privatização, como bancos públicos (Banrisul, BB e Caixa), Corsan, Petrobrás, Correios, Procergs, Trensurb e CEEE. Também participaram da plenária a deputada estadual Sofia Cavedon (PT) e o ex-ministro Miguel Rossetto (PT).
As informações são do site Sul21.
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