Três novos casos de agressões e/ou ameaças contra profissionais de imprensa foram registradas no estado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors). “As ações violentas têm sido uma prática de grupos extremistas que não aceitam a vitória legitimada pelas urnas e que ainda se organizam em todo o país, sendo responsáveis pelos ataques terroristas em Brasília. No nosso estado não tem sido diferente”, afirmou o comunicado.
O primeiro caso reportado foi do jornalista Alass Derivas, em Porto Alegre. Na tarde de quarta-feira (11), Alass foi até o Parque Moinhos de Vento (Parcão), onde havia a previsão de que houvesse manifestação bolsonarista. Chegando ao local, apenas um pequeno grupo estava presente.
Ao tentar registrar o agrupamento, Alass foi intimidado. O grupo também tentou agredir o jornalista e tomar seus equipamentos. Ele recebeu solidariedade de testemunhas. Porém, ao chegar no local, a Brigada Militar abordou o profissional, que foi revistado e obrigado a assinar um Termo Circunstanciado em que constava “Agressão Mútua”, como se fosse autor da violência.
Já em Panambi, no Noroeste do estado, uma equipe da RBS TV, foi hostilizada e ameaçada por bolsonaristas, ainda no dia 9 de janeiro. A equipe tentava registrar imagens de um ato que tinha cerca de 10 pessoas na Avenida Adolfo Kepler, próximo ao trevo de acesso à rodovia BR-158.
Dois homens se aproximaram dos profissionais da imprensa e um deles deu um soco em um dos vidros do carro da reportagem e hostilizou a repórter Gherusa Cassol. A Brigada Militar precisou intervir para garantir que os profissionais trabalhassem em segurança.
Por fim, em São Borja, na região das Missões, também no dia 9 de janeiro, o jornalista Luciano Resmini, que mantém o portal SB News, fez um Boletim de Ocorrências por comentários ofensivos e de ameaça, registrados em seu portal de notícias, por parte de uma pessoa da comunidade. O profissional decidiu fazer uma representação criminal contra o autor.
A nota emitida pelo Sindicato reitera que o SindjoRS e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) não admitem “que intimidações e agressões desse tipo sejam feitas contra os profissionais, no exercício do seu trabalho de informar e levar fatos e notícias à população. As instituições, representativas dos jornalistas, já acionaram os poderes estaduais e federais, manifestando preocupação com a escalada de violência contra as e os jornalistas”.
A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.
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