O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) aprovou, por unanimidade, na manhã de sexta-feira (13), a implementação de cotas em todos os programas de pós-graduação da instituição. A medida representa uma conquista para alunos de grupos historicamente discriminados na sociedade brasileira, como pessoas pretas e pardas, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência, pessoas travestis e transexuais, pessoas refugiadas ou pessoas com visto humanitário e migrantes em condições de vulnerabilidade social.
As cotas valem para os programas de pós-graduação (PPGs) stricto sensu (mestrado e doutorado) e lato sensu (especialização e residência profissional ou multiprofissional em saúde) da instituição. Com efeito já para este ano, a resolução foi aprovada mediante debates em um Grupo de Trabalho dedicado a trazer soluções para reparar problemas históricos de falta de representatividade dos estudantes da universidade.
A coordenadora-adjunta do Núcleo de Estudos Africanos, Afro-brasileiros e Indígenas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Neabi-UFRGS), Tamyres Filgueira, destaca que a medida é mais um resultado concreto de lutas que se iniciaram há 15 anos, a partir da aprovação de cotas na graduação da UFRGS, construídas com a colaboração de toda a sociedade. “15 anos atrás, após muita luta e uma grande ocupação da Reitoria, conquistamos as cotas na graduação da UFRGS. Dez anos atrás, as cotas se tornaram lei federal. Agora, aprovamos cotas na pós-graduação da UFRGS, o que é uma conquista enorme e um importante passo para mudar uma triste realidade da Universidade que conta com apenas 1% de professores negros e nenhum professor indígena”, destacou Tamyres.
A íntegra das informações está disponível no site Brasil de Fato.
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